Neste fim de semana que se passou, parei para observar e refletir o quanto o mundo prepara as crianças, mais em particular as meninas, para seu futuro.
No caso destacado aqui, por exemplo, quando eu era pequena tinha duas brinquedos que eu adorava, uma cozinha de brinquedo com direito a panelinhas, garfinhos e tudo mais e uma boneca enorme que tratava como se fosse minha filha.
Primeira observação: As indústrias de brinquedos, influenciam mães e crianças que isso é legal, dar bebês de mentira, cozinhas, pias, e todo tipo de referencia para que a menina que vê a mamãe fazendo as tarefas cotidianas da casa, queira ser igual a mamãe desde cedo.
O mundo atual e desde sempre tenta influenciar doces menininhas a parecerem como a mamãe não só nos aspectos pelo qual servimos, pensando pelo lado machista do mundo, como ter bebês, cozinhar, lavar, passar, etc.
Quantas vezes vimos em lojas sapatos e roupas do tipo que uma mulher jovem à adulta usaria (minissaia, vestidos justos, acessórios) com o algum tipo de slogan "PARA PARECER COM A MAMÃE!" ou algo do tipo.
As famílias em si, dão aquele belo empurrão com comentários parecidos com " E os namoradinhos" e "Nossa você já é uma mocinha!" ou " Você deve se comportar feito uma mocinha"...
Mas é claro que não é total culpa dos pais, mas esses mínimos acessos como os sapatos, roupas e maquiagens da mamãe, trazem o interesse da menina a querer ser adulta antes do tempo.
Segunda observação: Claro que nossas famílias, também nos ensinaram que não é bom ser rotulada de "rodada", "puta", "galinha".
Que beijar muitos meninos ou como queira achar, sempre aconteceu assim. Desde os tempos antigos a moça que era mal falada, era a desonra da família. Era um caos total em saber que sua menininha, já tinha sido traçada por dez ou vinte caras. E até hoje é ridículo.
Mesmo que a família não saiba, os coleguinhas da escola, vizinhos ou qualquer outro fique sabendo. Você teria duas opções em se adaptar:
1. Viraria a excluída e que sofre bullying por ser mais rodada que catraca de ônibus
2. Viraria espelho de mais meninas que fariam o mesmo que você, e teriam a mesma fama. Sendo assim seriam as vacas e assim consideradas como as gostosas pelos rapazes.
Acho muito engraçado aquele tipo de mãe que ainda ensina a menina ser uma das desgraçadas. Motiva a menina a dar para todos os rapazes que conhecer, que é legal ser uma vadia. Ou seja os pais são o exemplo de como a filha ou filho vai ser na vida.
Terceira e ultima observação: Em toda nossa vida temos mais exemplos do que queremos, sejam eles na infância como: a Barbie, as Princesas da Disney, e seja lá mais que diabos forem. Ou na adolescência: Nicky Minaj, Britney Spears, Selena Gomes, Miley Cyrus, ou qualquer outra.
Nunca fui muito de seguir esses tipos de estereótipos femininos. Mas sempre você percebe que é fora dos padrões, como eu por exemplo, sempre fui gordinha, e nunca me encaixei em padrões como a dança, esportes etc.
Mas vendo pelo lado bom disso tudo, vejo que cresci e me tornei uma "adulta/adolescente" normal, que teve uma infância aproveitada. E que mesmo que seja ruim treinar nossos filhos para terem mais estereótipos, é a vida. Assim crescemos e percebemos que é necessário adequar as crianças por motivos que um dia terão seus filhos para cuidar (como do caso de ter uma boneca) ou cozinhas e limpar a casa ( no caso de cozinhas, pias, ferros de passar de brinquedo). Vamos nos adequar de qualquer jeito a aceitar esse motivo que atravessam gerações.
Para finalizar, essa tirinha que achei super no caso citado sobre a família sempre achar que a menina é uma mocinha
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