Nunca fui fã de ter namoradinhos, ou ao menos conversar com um menino que não fosse o meu primo. E ainda mais por que sempre fui gordinha e batia nos meninos que me incomodavam chamando de gorda, e a partir daí nenhum menino tinha a severa coragem de fingir ser meu namoradinho. Dai eu cresci e adivinha?! Nada mudou. De todos dos meninos que eu gostei, nenhum retribuiu ao menos um sorriso.
O tempo passou, e é claro eu cresci e enfim virei "mocinha", o que me fez achar que agora eu era o máximo! - Sou mocinha e agora todos os meninos vão querer namorar comigo. Errado. Quanto mais velhinha mocinha eu ficava, menos os meninos me davam bola.
Enfim conheci um garoto muito generoso,o nome dele era Marcelo**, ele não era lá aquelas belezuras, mas me tratava como nenhum rapaz tivesse me tratado, ele era bem tímido até. Tinha medo até de me beijar em publico, não sei se era por que eu não parecia bem uma mocinha - eu tinha cabelos curtos nessa época e não tinha coragem de me vestir de menina moça. Ele me deixou para trás uma semana depois de eu convida-lo para conhecer meus pais.
Passou um, dois, três, quatro decepções a mais...
Ate que apareceu ele, era Ricardo**, ele era lindo. Ele tinha olhos cor de mel, cabelo escuro e sempre eu o encontrava na igreja, ele sempre estava sozinho, afinal aos 15 ele já saia para andar de bicicleta com os amigos. Lembro que ele tinha o sorriso mais lindo que eu já tinha visto, era um príncipe. Nunca tive a coragem de conversar com ele, eu as vezes caia na real e pensava que ele era MUITA areia para o meu pequeno caminhãozinho. Respirei fundo, e tomei coragem e falei com ele via msn. Nos devamos super bem, ele era be criativo ainda lembro bem. Ricardo parou de falar comigo duas semanas depois que nos vimos pessoalmente enquanto ele vinha me buscar na escola pela primeira vez.
Fiquei desolada. E nada nesse mundo fazia mais sentido.
Um tempo depois voltei a ativa e me apaixonei pelo homem mais perfeito no qual chamo de namorado atualmente. E sei que nunca vou encontrar ou que me faça tão feliz.
Mas enfim essa carta, é para você Marcelo**, Ricardo**, e outros que um dia fizeram parte da minha vida. Mas se algum dia verem essas palavras, e se encontrarem e meio a minha história, saibam que estou bem, e feliz, que saibam que agradeço por tudo, que tudo o que aconteceu me ensinou muito, e me ajudou a ser o que eu sou hoje. Obrigada mesmo, e de coração.
** Nomes fictícios
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